sexta-feira, 29 de junho de 2007

Estudantes da UFC aprendem e ensinam a comunicar


Isabele Pequeno e Mirelle Costa

Alunos do quarto semestre de Jornalismo da UFC fazem maratona de oficinas em comunicação no Centro de Humanidades para a disciplina de Jornalismo Comunitário

No dia 26 de maio, adolescentes moradores do Jangurussu, Bom Jardim e Planalto Pici aprenderam um pouco mais sobre Jornalismo. Uma oficina ministrada pelas estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), Isabele Pequeno e Mirelle Costa, estimulou os jovens que saíram do campus da UFC sabendo um pouco mais sobre notícia e entrevista.

As atividades, que deveriam ter sido iniciadas às oito da manhã, tiveram que esperar, pois os estudantes só chegaram às nove, e ainda assim, com muito sono. Mas logo foram despertados com uma divertida atividade, cujo ganhador era contemplado com um livro.

As alunas facilitadoras da oficina não mediram esforços para mimar os alunos, que se surpreenderam ao ganharem lápis com o seguinte adesivo: “Obrigada por participar de nossa oficina, Bel e Mirelle”.
Após as apresentações iniciais, deu-se inicio à apresentação do conteúdo. Os primeiros blocos de conteúdo tiveram como tema “entrevista” e aos blocos seguintes, ficou reservado o tema “notícia”. Os estudantes aprenderam questões valiosas para todo jornalista, como regras de produção de entrevistas, respeito ao público, fidelidade aos fatos, etc.

Isabele e Mirelle intercalaram os blocos de conteúdo com dinâmicas de recreação para que os alunos se sentissem estimulados a participar. Entretanto, cada dinâmica tinha direta relação com o tema que acabara de ser abordado. Assim, ao mesmo tempo que se divertiam, os estudantes aprendiam que jornalista deve ter boa memória, que deve ser bem informado, que o lide é imprescindível em uma notícia...

Uma das dinâmicas mais divertidas foi a da entrevista coletiva de imprensa, quando os participantes se dividiram em dois grupos onde um fazia perguntas para o outro e vice-versa. Os alvos dos repórteres foram, de um lado, um político envolvido no escândalo dos dólares na cueca, e do outro, o ex-bbb Roberto “cowboy”, falando sobre curiosidades ocorridas dentro da casa no famoso reality show.

No clima descontraído, um intervalo para um lanche. Os meninos recarregavam as energias servindo-se de sucos com sanduíche para ter pique para mais atividades. Dessa vez uma dinâmica que exigia memória e rapidez de raciocínio: de uma caixinha, era sorteado um tema, enquanto de outra caixinha, se sorteava a inicial da palavra que iria ser o tema da brincadeira. Quem errasse saia da brincadeira e com o menor número de participantes em roda, teve-se o vencedor. Mais um livro foi sorteado para estimular a participação dos meninos e o hábito da leitura.

Após o almoço, foi hora de os meninos produzirem. Um envelope com palavras embaralhadas foi dado a cada um dos dois grupos, que teriam de montar a frase do dia, uma frase do Dalai Lama. Proporcionar entretenimento e lição de vida foi a preocupação das ministrantes.

Bem, e o clima de diversão e aprendizado perdurou até o fim da tarde, quando os meninos lancharam bolo com sucos variados e se divertiram posando para fotos bem malucas. O final perfeito de um dia tão esperado.

Interessante para eles, experiência incomum para as ministrantes, aquele sábado foi a prova de que apesar da triste realidade marcada pela violência e pelo preconceito, é com determinação e atitude que se pode mudar os fatos. E às estudantes Isabele e Mirelle, que chegaram com a pretensão de ensinar, ficou a lição de vida.

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