domingo, 21 de outubro de 2012

Oficina de Comunicação e expressão corporal com base no jogo colaborativo “Imagem e Ação”




Relatório da atividade do Tempo Comunidade: A Comunicação como ferramenta de cidadania no bairro Morro Doce e Rosinha.

por Silvana Beserra da Silva



Utilizamos o laboratório de informática para que os meninos e meninas pudessem pesquisar sobre o que é comunicação.
Começamos as atividades em sala de aula com a dinâmica do “Faça o que eu faço”.É um exercício de observar os detalhes do que o outro fala e gesticula, enquanto eu fui apontando os dedos com uma mão, fui falando palavras sem sentido e depois cruzava os braços e dizia:Agora vai e apontava para o próximo da roda.Se ao fim da repetição das palavras e indicação de cada dedo o adolescente repetia agora vai, ele acertava.
O objetivo desta dinâmica é fazer com que os participantes percebam os detalhes e prestem atenção no que o outro faz, sendo fiel aos gestos e palavras.
Bom, demorou um pouco até que um pequeno grupo acertou e foi dando dicas para os próximos, até que terminou.
Os resultados foram parecidos nos 04 grupos.
Esta dinâmica serviu para demonstrar que independente do que acontece no meio do caminho, o resultado deve ser sempre o mesmo, isso se repete na comunicação, pois os jornalistas tomam rumos diferentes, mas não podem deixar de serem fiéis aos fatos.
Após um longo debate em sala de aula, concluímos que a comunicação é muito importante para a sociedade, pois através dela é que compreendemos o que acontece no mundo.


Para que a turma pudesse entender o que é cada mídia e o que é oligopólio, exibimos o filme “Levante sua voz” do coletivo INTERCOM o qual baixamos pela internet.
Explicamos a importância da pluralidade de vozes nos meios de comunicação. Neste momento simulamos que cada um na sala fosse proprietário de uma rádio e esta experiência mostrou que o padrão das rádios comerciais não contempla a maioria das pessoas daquelas famílias.
Propomos o exercício de escrever uma frase a respeito do vídeo “Levante sua Voz” e ao final do debate fazer um desenho sobre que discutimos.
Poucos educandos conseguiram colocar no papel o que pensava sobre o filme, isso serviu de base para que eu propusesse um jogo sem escrita e sem fala. O jogo tem o objetivo de fazer o corpo falar. Eles ficaram bem curiosos.
Na aula seguinte eu trouxe o jogo “Imagem e Ação”.

 Discutimos as regras do jogo e dividimos dois grupos com números de componentes iguais. O educador Unilson Mangini, que é formado em Comunicação e já desenvolve um trabalho de introdução a comunicação com essas turmas. O educomunicador contribuiu mediando o jogo para controlar o tempo e garantir que ninguém quebrasse alguma regra.
Regras: Desafiar a imaginação;
Todos os jogadores tentarão passar aos colegas de sua equipe uma palavra ou uma expressão, sendo proibido falar, escrever letras e números. Os colegas tem o tempo da ampulheta para adivinhar. 


No início todos os participantes estavam inibidos, então quando chegou a minha vez (tive que imitar um homossexual), fiz com que eles entendessem que era um jogo colaborativo e que se cada um se dedicasse, o grupo conseguiria vencer.

Com um pouco mais de dicas de como trabalhar palavras através de gestos, os grupos conseguiram se expressar melhor. Incentivei os grupos a fazer alguns combinados de símbolos como palavras no plural ou o coletivo da palavra fazendo sinal de muito e masculino e feminino indicando barba ( para indicar masculino) ou cabelo comprido ( no caso de palavras no feminino).
Nos quatro grupos a “brincadeira”foi um sucesso e por isso repetimos o jogo, mas na segunda vez com ajuda de desenho.Foi muito produtivo, pois os adolescentes perceberam que a lógica da comunicação é usar de ideias simples para se comunicar com o outro.





Algumas palavras não faziam muito sentido para os meninos e meninas do CCA, por isso trabalhamos com sinônimos.

Funcionou muito bem.








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