Relatório
da atividade do Tempo Comunidade: A Comunicação como ferramenta de
cidadania no bairro Morro Doce e Rosinha.
por Silvana Beserra da Silva
Utilizamos
o laboratório de informática para que os meninos e meninas pudessem
pesquisar sobre o que é comunicação.
Começamos
as atividades em sala de aula com a dinâmica do “Faça o que eu
faço”.É um exercício de observar os detalhes do que o outro fala
e gesticula, enquanto eu fui apontando os dedos com uma mão, fui
falando palavras sem sentido e depois cruzava os braços e
dizia:Agora vai e apontava para o próximo da roda.Se ao fim da
repetição das palavras e indicação de cada dedo o adolescente
repetia agora vai, ele acertava.
O
objetivo desta dinâmica é fazer com que os participantes percebam
os detalhes e prestem atenção no que o outro faz, sendo fiel aos
gestos e palavras.
Bom,
demorou um pouco até que um pequeno grupo acertou e foi dando dicas
para os próximos, até que terminou.
Os
resultados foram parecidos nos 04 grupos.
Esta
dinâmica serviu para demonstrar que independente do que acontece no
meio do caminho, o resultado deve ser sempre o mesmo, isso se repete
na comunicação, pois os jornalistas tomam rumos diferentes, mas não
podem deixar de serem fiéis aos fatos.
Após
um longo debate em sala de aula, concluímos que a comunicação é
muito importante para a sociedade, pois através dela é que
compreendemos o que acontece no mundo.
Para
que a turma pudesse entender o que é cada mídia e o que é
oligopólio, exibimos o filme “Levante sua voz” do coletivo
INTERCOM o qual baixamos pela internet.
Explicamos
a importância da pluralidade de vozes nos meios de comunicação.
Neste momento simulamos que cada um na sala fosse proprietário de
uma rádio e esta experiência mostrou que o padrão das rádios
comerciais não contempla a maioria das pessoas daquelas famílias.
Propomos
o exercício de escrever uma frase a respeito do vídeo “Levante
sua Voz” e ao final do debate fazer um desenho sobre que
discutimos.
Poucos
educandos conseguiram colocar no papel o que pensava sobre o filme,
isso serviu de base para que eu propusesse um jogo sem escrita e sem
fala. O jogo tem o objetivo de fazer o corpo falar. Eles ficaram bem
curiosos.
Na
aula seguinte eu trouxe o jogo “Imagem e Ação”.
Discutimos as regras do jogo e dividimos dois grupos com números de componentes iguais. O educador Unilson Mangini, que é formado em Comunicação e já desenvolve um trabalho de introdução a comunicação com essas turmas. O educomunicador contribuiu mediando o jogo para controlar o tempo e garantir que ninguém quebrasse alguma regra.
Regras:
Desafiar a imaginação;
Todos
os jogadores tentarão passar aos colegas de sua equipe uma palavra
ou uma expressão, sendo proibido falar, escrever letras e números.
Os colegas tem o tempo da ampulheta para adivinhar.
No
início todos os participantes estavam inibidos, então quando chegou
a minha vez (tive que imitar um homossexual), fiz com que eles
entendessem que era um jogo colaborativo e que se cada um se
dedicasse, o grupo conseguiria vencer.
Com um pouco mais de dicas de como trabalhar
palavras através de gestos, os grupos conseguiram se expressar
melhor. Incentivei os grupos a fazer alguns combinados de símbolos
como palavras no plural ou o coletivo da palavra fazendo sinal de
muito e masculino e feminino indicando barba ( para indicar
masculino) ou cabelo comprido ( no caso de palavras no feminino).
Nos
quatro grupos a “brincadeira”foi um sucesso e por isso repetimos
o jogo, mas na segunda vez com ajuda de desenho.Foi muito produtivo,
pois os adolescentes perceberam que a lógica da comunicação é
usar de ideias simples para se comunicar com o outro.
Algumas
palavras não faziam muito sentido para os meninos e meninas do CCA,
por isso trabalhamos com sinônimos.
Funcionou
muito bem.
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