Camila Magalhães
Giovanni Muratori
Hercília Diniz
Ana Danielle Menezes




Programa de Assessoria Técnica e Sócio-cultural às Rádios Comunitárias do Ceará (Parc). Criado em 1987. Coordenação: Profª. Márcia Vidal Nunes Desenvolve atividades em Comunicação Comunitária/Popular/Alternativa. Ligado à Coordenadoria de Integração Universidade- Movimentos Socias da Pró-Reitoria de Extensão da UFC. Contato: formigasdoparc@gmail.com
Comunicação e Cultura
Profª Márcia Vidal
Alunos: Álvaro Abreu
Camila Magalhães
Giovanni Muratori
DATA: 02/12/08
LOCAL: Associação Menor Também Constrói – João Paulo II
DURAÇÃO: 4h – 8h30 às 12h30
OBJETIVOS: Explicar o conceito de fanzine; sua importância como forma de expressão independente e alternativa; mostrar os variados tipos de fanzines; demonstrar como fazer um fanzine; confecção pelos alunos.
8h30 – 8h40
Apresentação dos facilitadores e dos alunos. Os alunos diziam seus nomes e que atividades gostavam de praticar.
8h40 – 9h
Foi colocada a questão: “Alguém sabe o que é um fanzine?”. Os alunos e facilitadores discutiram a respeito e logo em seguida o conceito foi colocado.
9h – 9h30
Foram mostrados os materiais necessários para a confecção de um fanzine, seus variados formatos e os passos para se fazer um fanzine.
9h30 – 10h
Foram distribuídos vários fanzines para a turma. Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os diversos tipos e formatos. A intenção era aproximá-los desse universo, bem como de inspirá-los para a próxima atividade.
10h – 12h30
Confecção: Cada aluno faria o seu próprio fanzine, em seguida, todos seriam coletados e reunidos em um único fanzine da Turma. O nome seria escolhido pelos alunos.
Para uma Construção da Comunicação sem Sujeito.
“No próprio sentido etimológico do termo, já aparece a comunicação como o produto de um encontro social. A comunicação designa um processo bem delimitado no tempo, mas ela não se confunde com a convivialidade (...) Portanto, em sua acepção mais fundamental, o termo ‘comunicação’ refere-se ao processo de compartilhar um mesmo objeto de consciência, ele exprime a relação entre consciências”. (MARTINO, Luis C. Teorias da Comunicação. Conceitos, Escolas e Tendência.).
Muito se tem debatido sobre o surgimento e a importância de atores sociais, dando-se destaque ao papel dos movimentos sociais. A organização da sociedade civil tem gerado subsídios para reflexões e principalmente movimentações que solicitam a libertação social.
Vários são as justificativas que nos fazem atribuir à existência do associativismo – às coletividades –, a legitimidade das lutas sociais, dentre eles destacamos: a capacidade que as coletividades teriam de canalizar recursos (materiais e humanos) e implementar estratégias; a motivação que causa uma propulsão à luta e à construção de identidades destes atores sociais; o “estar junto” acaba por motivar sujeitos (atores individuais) a superar suas deficiências e suas carências, colocando-se na cena pública em pé de igualdade.
Alguns instrumentos podem – e devem ser utilizados – nesse processo de construção social. Um deles é a Comunicação.
É senso comum falar sobre COMUNICAÇÃO para lojas, empresas, marcas, produtos e serviços. Essa comunicação é tratada como indispensável – e na verdade é –, afinal de contas, a propaganda é a alma do negócio. Porém quando nos deparamos com as necessidades de Comunicação das já citadas coletividades, ficamos um tanto quanto acanhados e nem sabemos como tratá-la, pois é fato que alguns conceitos e termos precisam ser “reciclados” antes de terem a ousadia de referir-se aos sujeitos sociais: Eis o desafio!
Para MARTINO, supracitado, fundamental para definir comunicação é considerar que o termo remete ao compartilhamento de um mesmo objeto de consciência. Para se fazer comunicar, ou seja, para se fazer entender, a comunicação precisa ter o maior índice possível de semelhança entre codificação e decodificação. Quando falo em português sobre comércio com um marroquino que não tem fluência na língua portuguesa, provavelmente nosso diálogo não acontecerá, pois ele não corresponderá às minhas expectativas de comunicação.
A respeito da comunicação para as coletividades, HABERMAS chama Comunicação sem Sujeito o processo que procura não frisar interesses particulares, pessoais, numa esfera pouco ampla, mas sim, criar um discurso que se constitui da superposição de variados âmbitos interacionais.
“A idéia aqui defendida é a de que os lances discursivos proferidos pelos membros de um movimento social participam da tessitura de uma rede argumentativa que favorece a criação de reivindicações pautadas por princípios gerais, porque o toma lá dá cá da argumentação pode engendrar a formação daquilo que Habermas chama de comunicação sem sujeito.”(MENDONÇA, Ricardo F. Movimentos Sociais e Interação comunicativa: A formação da Comunicação sem sujeito. Contemporânea – Vol. 4 – nº1 p.73-98 Junho 2006)
No intuito de discutir com os acadêmicos de Comunicação Social (tanto os de Jornalismo – a maioria – quanto os de Publicidade) da disciplina de Cobertura da Agenda Social, foi que propusemos a Oficina de Leitura Crítica da Publicidade / Oficina de Publicidade Alternativa (OPA!) com o tema já mencionado, para geramos um debate mediado por material pesquisado previamente a cerca da construção das Identidades Coletivas e de seu espaço / relacionamento nos meios que se dizem de comunicação, para iniciarmos uma compreensão de que comunicação séria deve ser engajada e atenta para promover a democratização dos espaços midiáticos.
Abaixo, segue o cronograma de atividades da oficina que teve duração de 4h e um nº de participantes que variou de 16 a 18 estudantes de Comunicação Social, maior parte deles do 7º semestre, e outra parte, alunos que já estão no mercado, porém cursando algumas disciplinas para completar a carga horária exigida.
1º DIA: 18/11/2008 (terça-feira)
1º momento: 18:00 às 18:10
Apresentação dos componentes da equipe
Explicação da proposta da oficina
2º momento: 18:10 às 18:30
Dinâmica: O que é publicidade e propaganda?
Foram entregues pedaços de papel para que cada pessoa respondesse à seguinte pergunta: PARA VOCÊ, O QUE É PUBLICIDADE E O QUE É PROPAGANDA?
Exposição e discussão das respostas
3º momento: 18:30 às 19:00
Exposição teórica sobre princípios básicos da publicidade.
4º momento: 19:00 às 19:30
Dinâmica de exploração de conteúdo: O grupo será dividido em equipes nas quais serão distribuídas peças publicitárias. Serão 3 peças para cada equipe. Será dado um tempo para as equipes refletirem a respeito das diferenças entres as peças e a que elas se propõem.
5º momento: 19:30 às 20:00
Debate entre as equipes sobre as conclusões tiradas do momento de reflexão.
2º DIA: 20/11/2008 (quinta-dfeira)
1º momento: 18:00 às 18:15
Breve explanação da oficina para quem não esteve na aula anterior.
2º momento: 18:15 às 18:25
Exposição Teórica que precederá a 1ª dinâmica: Construção da Imagem, da Personalidade. Trabalhar o Conceito de Imagem. Perguntar o que cada um entende por imagem. Citar o texto de Platão, Alegoria da Caverna.
3º momento: 18:25 às 18:45
Dinâmica de exploração do conteúdo: Os participantes serão divididos em grupos e cada grupo receberá uma logomarca de um movimento social para fazer a leitura. “O que aquela marca quis transmitir? Como se deu o processo de criação, de programação gráfica? Quais os significados dos elementos que as compõem?”
4º momento: 18:45 às 19:00
Exposição Teórica a cerca do tema da oficina: “O Coletivo quer (((precisa))) comunicar! Para uma construção da Comunicação sem sujeito.”
Aqui discutiremos sobre a conscientização a cerca da publicidade ética (socialmente responsável), que não precise recorrer ao apelo para informar, mas que tem a responsabilidade de ser veículo de EDUCAÇÃO.
5º momento: 19:00 às 20:00
Dinâmica de produção publicitária: todos os participantes discutirão sobre o planejamento de uma campanha PARA EDUCAR, CONSCIENTIZAR a cerca do tema debatido. Traçarão estratégias viáveis – e, principalmente, alternativas – de veiculação, de criação, de produção e, se der tempo, de angariação de fundos para tornar possível uma posterior concretização da campanha dentro da Universidade.
Todas as idéias e sugestões serão anotadas por um de nós para depois formatarmos a campanha educativa.
O foco da campanha será gerar uma conscientização, um senso de responsabilidade nos futuros profissionais de comunicação, que antes de se formarem JORNALISTAS ou PUBLICITÁRIOS, terão compromisso maior com a GESTÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL, que está sob os comunicadores a responsabilidade de tornar real a democratização dos espaços e dos meios de comunicar e nesse sentido, tornar possível a comunicação (tanto jornalística, quanto publicitária) das causas coletivas, das lutas sociais, acompanhando de perto a construção e a manutenção de sua imagem, obedecendo assim, ao princípio básico de liberdade de expressão e de livre utilização da comunicação para educar, formar.
Essa atitude nos dará de lucro, o nascimento – ou mesmo o despertar – de formadores de opinião e, numa visão mais ampla, promoverá o sendo de cidadania e de RESPONSABILIDADE SOCIAL propriamente dita.Participaram da oficina representantes de quatro etnias indígenas do Ceará – Trembembé, Jenipapo-Kanindé, Pitaguary e Tapeba. O espaço foi ministrado em dois dias, duas quintas-feiras (21/11 e 28/11), na sede do Observatório Indígena, escritório que alimenta um site sobre violações de direitos indígenas. Nssas reuniões foram discutidas algumas temáticas ineretes ao campo da Comunicação e formas de um “fazer diferente” para o jornalismo.
Como os participantes das oficinas já eram correspondentes de um boletim – Resitência Indígena – produzido bimestralmente em parceria com a ONG, alguns pontos como, gêneros jornalísticos, pauta, etc., já vinham sendo discutidos durante a execução do projeto e não foram repetidos nas oficinas. Como resultado das oficinas, outra edição do boletim está sendo produzida pelos indígenas.
Cronograma
Quinta-feira (13/11)
Oficina de Leitura Crítica da Mídia
14 – 14h15 – Apresentação da proposta de trabalho
14:15 - 16h – Para que serve a Comunicação?
Neste primeiro momento, foram feitas as apresentações dos participantes (dois representantes da etnia Tremembé, dois da etnia Pitaguary, um da etnia Jenipapo-Kanindé e uma da etnia Tapeba). Discutimos sobre a importância da comunicação para os movimentos sociais e a busca de uma comunicação menos tecnicista e mais humanizada.
Também foi debatido a temática da criminalização dos movimentos sociais pelos meios de comunicação de massa, propondo também formas alternativas para ultrapassar os bloqueis de mídias e conseguir passa sua mensagem.
16h - 17h – Dinâmica: As várias formas de se passar uma mensagem
Nesse momento, propôs-se uma dinâmica para refletir sobre como é feita a cobertura da agenda do terceiro setor. Nela foi distribuída várias matérias de veículos impressos sobre diversos temas discutidos pelo terceiro setor (questão de gênero, racial, necessidades especiais, etc).
A partir dessas matérias foram discutidas as formas como a mensagem estava sendo passadas e discutimos oralmente sobre alternativas de como essas mensagens poderiam ser reescritas, dando atenção aos termos que eram “inadequados”, substituindo por outros que fosse mais inclusivos. Depois cada um reescreveu os textos de acordo a o proposto na discussão.
Este foi o ultimo espaço do primeiro encontro, no qual realizamos uma reunião de pauta na qual foram escolhidas as temáticas que seriam contempladas na próxima edição do Resistência Indígena.
Para esta edição foram elencadas a seguintes pausas:
Ficou acertado que todo esse material seria produzido a tempo do próximo encontro para que pudéssemos fazer a acompanhamento individual e edição dos texto para seguir para a diagramação e produção do boletim.
Quinta-feira (27/11)
Oficina de textos para Impresso
14h – 14h15 – Explicação da proposta de trabalho
14h15 – 18h – Acompanhamento e edição dos textos.
Todos os participantes trouxeram os texto e partimos para o acompanhamento individual e edição dos textos, ressaltando os aspectos técnicos para a produção de textos jornalísticos para impresso.
Relato das oficinas realizadas no assentamento Lagoa do Mineiro (Ibaretama – CE)
Realização: Helena Martins (6°J) e Dora Moreira (3°J)
A idéia de realizarmos oficinas de comunicação comunitária em um assentamento do MST surgiu a partir da parceria da Liga Experimental de Comunicação, projeto de extensão do qual fazemos parte, com o MST-CE, em curso desde o início de 2008. Durante diversos encontros, a coordenadora do setor de Comunicação, Juventude e Cultura do MST – CE, Joyce Ramos, nos falou da necessidade de conhecermos e acompanharmos as experiências de rádios comunitárias desenvolvidas em dois assentamentos no interior do estado: o 25 de maio (localizado na cidade de Madalena) e o Lagoa do Mineiro (em Ibaretama). Após alguns desencontros, em uma tarde de sexta-feira, Joyce nos ligou informando que havia a possibilidade de realizarmos as oficinas no assentamento Lagoa do Mineiro já no dia seguinte. Às pressas, finalizamos a proposta de programação que desenvolveríamos. No dia seguinte, às 8h, seguimos para Ibaretama (não sem certa angústia e dúvida). Daria certo? Estávamos capacitadas para ministrar as oficinas? Eles necessitavam daqueles conhecimentos?
Ao chegarmos na cidade, fomos recebidas de forma calorosa. Enquanto almoçávamos, conversamos sobre a rádio, conhecemos um pouco sua história, programação, etc. Em seguida, fomos levadas ao assentamento Lagoa do Mineiro, onde está instalada a rádio homônima. O vento que soprava em nossos rostos foi dissipando a incerteza; a bela paisagem, nos apaixonando. Entretanto, essa era apenas uma prévia do prazer que teríamos ao longo do final de semana que passamos convivendo, trocando conhecimentos e idéias com os militantes do MST. Na verdade, não fosse a correria do fim de semestre, com certeza teríamos passado mais alguns dias em companhia daquelas pessoas tão agradáveis e solícitas, conhecendo o cotidiano do assentamento e as belezas da região. Por fim, voltamos ao fim da tarde de domingo levando saudade e a certeza de que colaboramos, mesmo que timidamente, para com a construção de um instrumento de transformação social.
Cronograma
Sábado (8)
14 – 14h15 – Apresentação dos participantes e da proposta de trabalho
14:15 - 15h – O que é comunicação?
Neste primeiro momento, discutimos o que é comunicação, objetivando passar de uma visão tecnicista para compreendermos a comunicação como direito humano. Em seguida, debatemos o sistema brasileiro de comunicação, o por quê da concentração dos veículos nas mãos de poucos e quais interesses políticos perpassam, por exemplo, a outorga das concessões de rádio e TV. Para este momento, utilizamos a cartilha “Comunicação: direito de todos e de todas”, produzida pela Agência de Notícias Esperança (Anote), em julho de 2006. Ao final da oficina, cartilhas foram distribuídas para todos os participantes.
A importância de tal discussão reside no fato de muitas rádios comunitárias serem tidas como “ilegais” e até criminalizadas. Logo no início da conversa, percebemos como aquele assunto dizia-lhes respeito. Apesar do pouco tempo de existência da rádio - à época, funcionava a menos de um mês-, já se difundia na cidade de Itarema o fato da rádio Lagoa do Mineiro FM ser “pirata”, ilegal, etc. Os realizadores estavam temerosos e, após a conversa, sentiram-se mais seguros para continuar produzindo.
15h – 15h 30 – Dinâmica: A importância da coletividade em projetos de comunicação comunitária.
Uma rádio comunitária deve servir aos interesses da comunidade. Para que seja verdadeiramente coletiva, deve basear-se na participação ampla das pessoas na produção e também discussão do veículo.
Para suscitar esse debate, realizamos a seguinte dinâmica: os participantes foram divididos em três grupos. Cada um deles recebeu um papel no qual estava escrita uma frase que deveria ser interpretada pelo grupo através de gestos, mas sem a utilização da voz. As frases foram as seguintes palavras de ordem: “Ocupar, Resistir e Produzir”; “Mulheres conscientes na luta permanente” e “Reforma agrária já”. Apesar de conhecidas por todos e do esforço dos participantes em encená-las da melhor maneira possível, a dificuldade foi grande e apenas chegamos perto de decifrá-las.
15h 30 – 16h – Debate
Objetivos: Mostrar a importância da coletividade para superar dificuldades e fazer-se compreender. Se, no momento anterior, discutimos a dificuldade e a falta de vontade política para democratizar a comunicação, agora falamos da importância da existência e resistência dos veículos comunitários para pluralizar as informações difundidas na sociedade, para dar voz aos diferentes sujeitos e leituras da realidade.
O momento acabou tornando-se também um espaço de auto-diagnóstico da rádio, pois os participantes discutiram o processo de produção dos programas e o envolvimento da comunidade desde a fundação da rádio.
16h – 16h 20 - Lanche
16h 20 – 16h 40- Leitura crítica da mídia
Objetivos: Fazer uma leitura crítica da cobertura midiática em relação aos grupos socialmente oprimidos, os participante realizaram sociodramas baseados nas seguintes frases: “Por que, na grande mídia, o pecado tem cor e a cor é negra?”; “Por que, na grande mídia, o corpo das mulher serve para vender tudo, do chinelo à cerveja?” e “Por que os movimentos sociais são criminalizados pela mídia?”.
16h40 – 17h – Debate
Objetivos: Refletir acerca da cobertura e do agendamento das temáticas sociais para que os preconceitos difundidos pela grande mídia não sejam reproduzidos através da comunicação produzida no assentamento.
17h – 17h30 – Sobre nossa realidade: como a mídia pauta o MST?
1. Análise de reportagens: Todos os participantes receberam uma matéria publicada pela revista Veja (http://veja.abril.com.br/em-dia/mst-303048.shtml) ou pelo jornal Folha de São Paulo. Após a leitura, eles apontaram pontos positivos e negativos das reportagens.
17h30 – 18h – Debate
2. Suscitamos a discussão acerca da representação do MST pela mídia. Cada integrante foi convidado a dizer como percebia, o que achava dessa cobertura. Em seguida, debatemos algumas linhas políticas do setor de comunicação do MST em relação ao contato do movimento com a grande imprensa.
Noite: Debate
A partir da exibição do filme “A Revolução não será televisionada”, discutimos a cobertura da agenda social e influência da mídia na sociedade. Nesse momento, contamos com a participação de outros assentados da região.
Domingo (9)
Oficina de programação para rádios comunitárias
8h – 8h15 – Explicação da proposta de trabalho
8h15 – 8h40 – Discussão de modelo de programação para uma rádio.
Inicialmente, discutimos qual a função de uma rádio. Resgatamos o auto-diagnóstico realizado no dia anterior, que teve como resultado a concepção de que a rádio deve ser um instrumento para educar e mobilizar os ouvintes. Por isso, discutimos formatos de programação radiofônica buscando pensar como os diversos modelos podem nos ajudar a atingir a finalidade de educar e mobilizar.
9h – 11h – Explicação dos diferentes formatos de programas: características, funções e potencialidades de cada formato. Apresentação de modelos e fabricação de roteiros para cada tipo.
Durante a oficina, debatemos os seguintes formatos:
Rádio-revista
Boletim
Entrevista
Debate
Sociodrama
Musical / Disco- Foro
Esportivo
11h – 12h - Oficina de texto para rádio
11h- 11h40 – Produção de notícia jornalística: o que é lead e pirâmide invertida. Mostra de exemplos de textos jornalísticos.
11h 40 – 12h - Características do texto para o rádio
Objetivos: identificar qualidades e defeitos de diversos textos, tendo em vista as características do texto radiofônico. Para tanto, escrevemos exemplos de textos radiofônicos na lousa para serem lidos em voz alta. Em seguida, identificamos características, propusemos alterações, etc.
12h – 12h 40 – Produção de notícia radiofônica tendo como base textos de jornal impresso
Cada participante recebeu uma matéria do jornal Brasil de Fato a fim de que, a partir dela, escrevesse uma notícia para o rádio. Dessa forma, podemos exercitar os conhecimentos adquiridos no momento anterior e ainda diferenciarmos, na prática, características do meio impresso e do rádio.
12h 40 -13h – Leitura e análise dos textos
Lemos todos os textos escritos em voz alta. Apontamos qualidades, sugerimos alterações. Vale ressaltar que nos surpreedemos com a qualidade que possuíam. Apesar da dificuldade de escrever apresentada por alguns, em geral os textos mostraram que o conteúdo foi bastante apreendido.
Final: Agradecemos a participação e a atenção de todas aquelas pessoas que se dispuseram a passar o final de semana em nossa companhia. O agradecimento foi gentilmente retribuído por eles. Em seguida, nos surpreendemos mais uma vez: enquanto arrumávamos os materiais para irmos embora, todos já estavam em círculo, conversando sobre as alterações que seriam feitas na programação. Uma mostra da vontade e do interesse em dar continuidade e qualidade ao projeto.